quinta-feira, 10 de maio de 2012

Gastronomia de Santo Antão

  • A ilha de Santo Antão tem uma gastronomia muito variada. Uma das receitas tradicionais da ilha é a caldeirada de cabrito com feijão. A doçaria também é muito rica. Uma das especialidades é o bolo de mel.
  • A agricultura e a pecuária têm peso considerável na economia da ilha. Aqui se fabrica o considerado melhor ”Grogue” de Cabo Verde, aguardente de cana-de-açúcar, bebida fortemente alcoólica que ainda fabricada por métodos artesanais em “Trapiche” (pequeno moinho mecânico movido a força animal) e alambique a fogo de lenha.
Bibliografia:www.wikipedia.com.br

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Tarrafal de Monte Trigo
17 DE JANEIRO – DIA DE SANTO ANTAO

17 De Janeiro de 1462, 17 de Janeiro de 2012 – 550 anos de Historia

Embora não se possa situar com absoluta exactidão histórica a data da descoberta das ilhas que formam o arquipélago de Cabo Verde, pode admitir-se, de acordo com os documentos oficiais, que teve lugar entre os anos de 1460 e 1462. A ilha de Santo Antão encontra-se mencionada na carta régia de 19 de Setembro de 1462, juntamente com as outras ilhas ocidentais. Se considerarmos os topónimos destas ilhas e as datas do calendário religioso que coincide com nomes de santos (S. Nicolau, 6 de Dezembro, Santa Luzia, 13 de Dezembro, Santo Antão, 17 de Janeiro, S. Vicente, 22 de Janeiro) pode-se concluir que elas foram descobertas entre Dezembro de 1461 e Janeiro de 1462, o que nos permite concluir que Santo Antão foi descoberto à 17 de Janeiro do ano de 1462, o que confirmaria a data em que se celebra os 550 (quinhentos e cinquenta) anos do seu achamento, Dia de Santo Antão, Padroeiro da ilha.

Sobre o inicio do seu povoamento, não se sabe ao certo a data exacta, mas, da análise dos relatos de alguns historiadores, podemos situar o povoamento de Santo Antão entre finais do século XVI e inicio do século XVII, com “algarvios e africanos vindos de Santiago e mais tarde madeirenses e açorianos, italianos, franceses, norte-americanos e judeus…” segundo Agostinho Rocha. Para o Pedre António Brásio, em 1573 o monarca pede ao provisor da Sé de Santiago que ponha na igreja de Santo Antão “um capelão que aos fregueses dela diga missa aos Domingos e festas e dias de guarda e lhes administre os Sacramentos”.
Como as restantes ilhas de Cabo Verde a exploração da de Santo Antão começou pelo regime de doações, que “vigorou de 1” de Janeiro de 1538 à 7 de Agosto de 1759”. O primeiro donatário da ilha foi Gonçalo de Sousa que a recebeu por carta de Doação de 13 de Janeiro de 1538, que mais tarde devido ao seu falecimento, sem deixar um herdeiro homem, a ilha é doada por D. Filipe I ao Conde da Horta D. Francisco de Mascarenhas com o título de conde de Santa Cruz e da Horta. Assim esteve nas mãos da família Mascarenhas até 1759, altura em que reverte à coroa no tempo do Marques de Pombal, depois de ter condenado à forca o 6° conde de Santa Cruz o Marques de Gouveia e Duque de Aveiro, D. José de Mascarenhas. Destacamos alguns aspectos históricos da hoje Cidade da Ribeira Grande, como o primeiro povoado, que tinha por nome de “ Povoação de Santa Cruz” fundada por D. Francisco de Mascarenhas, o primeiro Conde de Santa Cruz e da Horta, um dos primeiros donatário da ilha”.

Essa povoação foi elevada à categoria de vila por decreto de D. João V de 30 de Agosto de 1731 e a 7 de Maio de 1732 dando cumprimento as ordens régias, representando o rei, o desembargador Costa Ribeiro, a povoação é elevada à categoria de vila, denominada de R.ª Grande, e Santo Antão à categoria de Concelho, sendo a vila a Sede do Concelho, começando a sua evolução em todos sectores.

Com a elevação do Povoado a categoria de Vila cria-se a Câmara Municipal e o Concelho de Santo Antão, que vigorou como concelho único de 17321 até 1867 com a criação do Concelho do Paul pelo decreto de 3 de Abril de 1867.
A Vila da R.ª Grande até finais do século XIX (decreto de 23 de Dezembro de 1885) era a sede do Concelho de Santo Antão, abrangendo ainda a ilha de S. Vicente que, até meados do século XIX, se enquadrava no Concelho de Santo Antão para efeitos administrativos e judiciais.
A partir de 1885 com a transferência da sede do Concelho da R.ª Grande para D. Maria Pia, a Vila da R.ª Grande fica dependente da sua administração através de uma regedoria da Paroquia, onde o regedor era nomeado pelo Administrador do Concelho.

O comércio teve muito prestígio na Vila, que funcionou como ponto de escoamento dos produtos agrícolas oriundos dos Vales, colocando-os no Porto da Ponta do Sol e mais tarde Porto Novo com destino a S. Vicente, o principal mercado, onde os principais produtos de exportação, a aguardente e o café e mais tarde a banana, eram colocados.

A Industria foi sempre muito fraca e com pouca produção, exceptuando a industria dos derivados da cana-de-açúcar.

As fomes por sua vez afectaram a ilha, causando grandes períodos de decadência na evolução económica e demográfica da Vila.

Delas destacamos algumas, como a “fome de toco” -1804-1806. A “fome de pai Domingos” -1824-1826, que custou a demissão do Governador Chapuzete, por este ter aproveitado dos rendimentos da venda da urzela que pertencia a coroa para combater a crise. No século XX destacamos a de 1947-48, talvez a mais trágica, onde Santo Antão foi uma das ilhas mais afectadas. Tratamos ainda dos Problemas Sócio-Económicas e Conflitos, destacando os de 1886 e 1894, que tiveram como origem problemas económicos e políticos, envolvendo os moradores do Concelho da R.ª Grande e do Paul e as autoridades locais.

Destacamos também uma forte presença cultural que se manifesta de forma diversificada, desde a música, dança, festas de romaria e religiosas, artesanato, culinária e bebidas tradicionais, a literatura e ainda a sua arquitectura, pela sua importância e existência de aspectos singulares que necessitam ser preservadas como património. É o caso da sua Igreja Matriz, os Sobrados e a própria estrutura da Vila.

No sector da Saúde vimos também a sua evolução, não obstante vários constrangimentos, hoje estamos bem servidos. Só a título de exemplo em 1941 a ilha de Santo Antão tinha 1 (um) médico e 5 (cinco) enfermeiros para uma população de 35.653 (trinta e cinco mil seiscentos e cinquenta e três) habitantes, espalhados pelos três concelhos.

Hoje, o Hospital Regional – João de Morais – de Santo Antão, situada na Cidade da R.ª Grande, é uma grande infra-estrutura de saúde na ilha que dá algum conforto a população, pois já dispõe de alguns técnicos especializados na área da saúde.

As primeiras escolas primárias em Santo Antão foram criadas entre 1836/1850, tendo mais tarde espalhadas pela ilha, onde a Vila da R.ª Grande com a criação da Escola Central Roberto Duarte Silva, em 1918, tinha a jurisdição sobre todas as outras escolas, funcionando como modelo.
Em 1968 deu-se os primeiros passos para a criação do Liceu de Santo Antão por um grupo de moradores com a criação do Esternato-Liceu da R.ª Grande, oficializada em 1973.

A altura da independência de Cabo Verde já tinha três níveis de ensino em Santo Antão: o pré-primário; o primário; e o preparatório, com uma única escala, funcionando no concelho da R.ª Grande.

Hoje temos duas escolas secundárias no Concelho, a Escola Secundária Suzete Delgado e a do Coculi. Assim podemos concluir que a R. Grande sempre funcionou como o centro educacional da ilha de Santo Antão.

Desde a criação da Vila em 1732 até hoje, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento do concelho e da ilha, tanto a nível económico, administrativo, cultural, educacional, ou melhor em todos sectores.

E a prova disto é o desenfreado crescimento a nível urbanístico, a nível de infra estruturas e serviços e mesmo a nível económico.

Concluímos que durante o período de 1732 a 1975, a Vila da R.ª Grande sempre desempenhou um papel importante no Concelho, servindo como ponto de partida da colonização da ilha de Santo Antão, isso devido a sua situação privilegiada na confluência de duas ribeiras produtivas e de muitas águas.

De 1732 até 1885 a Vila exerceu as funções de sede do Concelho de Santo Antão, exercendo o poder administrativo e judicial sobre toda a ilha, tendo sido também sede da comarca de Barlavento entre 1874 a 1934.

A Cidade de Ribeira Grande possui um grande valor arquitectónico e urbanístico que precisa ser preservado, enquanto património histórico.

A Cidade ao longo desses séculos da sua existência tem funcionado como “motor” do desenvolvimento do concelho da R.ª Grande e de Santo Antão em geral.


 

Bibliografia:

MAURICIO, António Joaquim – Evolução Histórica da Vila da Ribeira Grande (1732-1975), Monografia, Praia, Julho de 1999
Cidades e Aldeias de Santo Antão
A Cidade do Porto Novo, anteriormente designada de Porto dos Carvoeiros, é a sede do concelho de mesmo nome. Trata-se do maior centro urbano de Santo Antão e contém o principal porto da ilha. De Porto Novo sai a principal estrada da ilha, que seguindo o litoral leste liga a Vila das Pombas, Ribeira Grande e Ponta do Sol. Esta estrada veio juntar-se, em fins de 2009, à Estrada da Corda, que ainda liga aos municípios do nordeste da ilha transpondo as alturas da ilha.
Aldeias de Porto Novo:
·         Tarrafal de Monte Trigo (em Crioulo cabo-verdiano: Tarrafal d Mont Trig) é uma aldeia a Oeste da ilha de Santo Antão.
·         Monte Trigo (em Crioulo cabo-verdiano: Mont Trig) é uma aldeia do município de Porto Novo a Norte da ilha de Santo Antão, em Cabo Verde. Fica situado na Costa, no sopé do vulcão do Topo de Coroa.
·         Chã das Furnas (Crioulo cabo-verdiano: Txan d’ Furna) é uma aldeia do município de Porto Novo na Nordoeste da ilha do Santo Antão.
·         Eito de Baixo (Crioulo cabo-verdiano: Eitu di Báxu, Crioulo de São Vicente: Eit' d' Baixo) é uma aldeia do município de Porto Novo no Norte da ilha do Santo Antão. Fica situada no vale da ribeira do Paul.
·         Espongeiro (Crioulo cabo-verdiano: Spunjéru, Crioulo de Santo Antão: Spongeir') é uma aldeia do município de Porto Novo na Nordoeste da ilha do Santo Antão.
·         Curral da Russa (Crioulo cabo-verdiano: Kurral da Russa) é uma aldeia do município de Porto Novo no Norte da ilha do Santo Antão, em Cabo Verde.

O Concelho do Paul é um concelho situado no extremo Nordeste da ilha de Santo Antão. Corresponde às bacias hidrográficas das ribeiras do Paul, Janela e Penedo.
A área desse concelho mais a do concelho de Ribeira Grande estende-se por apenas 1/3 da área da ilha, mas têm juntos cerca de 2/3 da sua população.
O Dia do Município é 13 de junho, data que coincide com a celebração de Santo António.
Aldeias do Paul:
·         Eito (Crioulo cabo-verdiano: Eitu, Crioulo de São Vicente: Eit) é uma aldeia do município do Paul na vertente norte da ilha de Santo Antão. Fica situada no vale da ribeira do Paul.
·         Janela ou Pontinha da Janela (Crioulo cabo-verdiano, Jenéla) é uma aldeia do município do Paul a norte da ilha de Santo Antão.
·         Passo (Crioulo cabo-verdiano: Pasu, Crioulo de Santo Antão: Pass', Crioulo de São Vicente: Pass') é uma aldeia no norte da ilha do Santo Antão.
·         Vila das Pombas é uma vila a norte da ilha de Santo Antão. Situa-se numa fajã - a fajã das Pombas, na foz da ribeira do Paul.

A Cidade da Ribeira Grande, também conhecida como Povoação, é uma vila do concelho do mesmo nome, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, na ilha de Santo Antão.
Fica situada no litoral nordeste, na confluência dos vales da Ribeira Grande e da Ribeira da Torre.
Antes do atual assoreamento, que terá ocorrido durante o século XIX, o local formava uma enseada delimitada pelos lugares de Tarrafal e Penha de França.
É um importante nó rodoviário, permitindo a ligação das estradas provenientes do Porto Novo pelo interior e pelo litoral leste à Ponta do Sol e às povoações dos vales da Ribeira da Torre e da Ribeira Grande.
Aldeias da Ribeira Grande:
·         Tarrafal
·         Penha de França
·         Sinagoga é uma aldeia do município da Ribeira Grande no norte da ilha de Santo Antão, em Cabo Verde.
·         Chã da Igreja (em Crioulo cabo-verdiano: Txan d Igreja) é uma aldeia da freguesia de São Pedro Apóstolo, município da Ribeira Grande, no norte da ilha de Santo Antão.
·         Coculi (em Crioulo cabo-verdiano: Kuklí) é uma aldeia da freguesia de Santo Crucifixo, do município da Ribeira Grande, a norte da ilha de Santo Antão. Fica situada no vale da Ribeira Grande.
·         Cruzinha (Crioulo cabo-verdiano: Kruzinha) é uma aldeia da freguesia de São Pedro Apóstolo, do município da Ribeira Grande no norte da ilha de Santo Antão.
·         Ribeira Alta (em Crioulo cabo-verdiano: Rbera Alta) é uma aldeia da freguesia de São Pedro Apóstolo, município da Ribeira Grande, no norte da ilha de Santo Antão.
·         Ribeira da Cruz (em Crioulo cabo-verdiano: Rbera do Kruz) é uma aldeia a norte da ilha de Santo Antão.
·         Ribeira das Bras (Crioulo cabo-verdiano: Ribéra da Bras, Crioulo de Santo Antão: R'béra da Bras, Crioulo de São Vicente: Rbéra da Bras) é uma aldeia no norte da ilha do Santo Antão.

Ponta do Sol (em Crioulo cabo-verdiano: Pónta d’ Sol) é uma vila situada numa fajã do extremo norte da ilha de Santo Antão, Cabo Verde, na freguesia de Nossa Senhora do Livramento do concelho da Ribeira Grande. É a sede do mesmo concelho, e tem uma população de 4.064 habitantes.
A vila tem vários edifícios notáveis, como a Câmara Municipal do município da Ribeira Grande ou a igreja paroquial de Nossa Senhora do Livramento.
Na Ponta do Sol fica situado o único aeródromo da ilha, que se encontra atualmente desativado. A Ponta do Sol tem igualmente um porto de pesca na Boca da Pistola.
Aldeias da Ponta do Sol:
·         Corvo (crioulo cabo-verdiano: Korvo ou Korbu, Crioulo do Santo Antão: Korv') é uma aldeia da freguesia de Nossa Senhora do Livramento do município da Ribeira Grande no nordeste da ilha de Santo Antão.
·         É acessível a partir da Ponta do Sol pelo caminho litoral que passa pela aldeia de Fontainhas.
·         Fica na costa, imediatamente a leste do vale da ribeira da Garça, próximo de Chã da Igreja. A importância do pequeno porto da Cruzinha para abastecimento das aldeias do vale decresceu com a melhoria das ligações rodoviárias à sede do concelho.
·         Fontainhas é uma aldeia da freguesia de Nossa Senhora do Livramento, município de Ribeira Grande no norte da ilha de Santo Antão.
·         Formiguinhas (Crioulo cabo-verdiano: Formiginhas) é uma aldeia da freguesia de Nossa Senhora do Livramento do município de Ribeira Grande no norte da ilha de Santo Antão.

Bibliografia: http://www.wikipedia.com.br/